Crianças que estudam música se beneficiam de atenção e memória superiores a crianças que não tocam nenhum instrumento, de acordo com estudo publicado pela Frontiers in Neuroscience,
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Além de atenção e memória melhoradas, as crianças que estudam música também tiveram melhores resultados em testes cognitivos e, em crianças que tocavam em orquestras, maior atividade nas áreas do cérebro responsáveis pelas funções executivas, que são as que controlam pensamentos, emoções e ações.
O estudo recrutou 40 crianças entre as idades de 10 a 13 anos. Metade delas havia praticado algum instrumento musical regularmente pelos últimos dois anos, e a outra metade nunca havia estudado música.
As crianças fizeram testes de memória enquanto aparelhos de ressonância magnética observavam suas atividades cerebrais. Nos testes os participantes foram apresentados a estímulos visuais e auditivos para que focassem em um ou nos dois ao mesmo tempo. Depois, tiveram que contar o que lembraram do que viram ou ouviram.
Os resultados mostraram que crianças que estudam música atingiram melhores resultados em todos os testes de memória e que essa habilidade estaria ligada a uma maior atividade cerebral.
Além disso, as crianças musicistas demonstraram maior atividade na área do cérebro chamada de tálamo, responsável por processar informações sensoriais e de linguagem, além de fazer um papel importante na memória.
Baseado nestes estudos, os pesquisadores concluíram que aprender um instrumento musical quando criança gera maiores habilidades cognitivas, ou seja, melhores níveis de atenção e memória.